Lamento
Minhas mãos esfriavam quando te via.
Uma presa temendo, prestes a ser devorada.
Sentia o meu corpo, e minha alma algemada.
Estava preso em teu destino e não sabia.
Inquirido visivelmente, me vir laçado.
mas a perda da liberdade não me doía.
Sem ter vez, sem ter voz, amordaçado.
Sendo Teu escravo, o teu servo, noite e dia.
E no passar do tempo eu só reclamo.
Recebendo desprezo de quem amo.
Se estou ao teu lado sentia-me tão pequeno.
Esperando um dia ser correspondido.
Os meus desejos, o meu amor retribuído
No calor de um forte abraço e um beijo pleno.