>MAIS UMA SAUDADE*
Saudades, tenho poucas verdadeiras
Foi como um relâmpago fim de chuva
Mal a luz resplandecia na janela
O trovão aparecia fazia a curva
Das poucas saudades que me restam
Só uma deixa-me saudosa sem retorno
O ente mais querido que se foi
Meu grande pioneiro pai extremoso
Saudades, sinto hoje dos teus versos
Palavras que o coração ainda palpita
Do momento fantasia ainda habita
Saudade do que quis e não vieram
Voaram, só acredito em plena luz
Nos olhos que a lembrança reproduz
Saudades que carrego em minha vida
Do quanto não sabia e era feliz.
Paisagem na memória vai perdida,
De todos os meus sonhos, aprendiz,
Agora a vida passa, distraída,
Mostrando num relâmpago o que eu fiz.
Saudade do calor do braço amigo,
Num tempo em que existia uma esperança,
Distante do que trago aqui comigo,
A vida prometia uma festança,
Bebê-la novamente não consigo
Somente em cicatriz, doce lembrança.
Saudade de viver o que não tive,
Cadáver do que fui, que ainda vive...
SOGUEIRA
Marcos Loures
Saudades, tenho poucas verdadeiras
Foi como um relâmpago fim de chuva
Mal a luz resplandecia na janela
O trovão aparecia fazia a curva
Das poucas saudades que me restam
Só uma deixa-me saudosa sem retorno
O ente mais querido que se foi
Meu grande pioneiro pai extremoso
Saudades, sinto hoje dos teus versos
Palavras que o coração ainda palpita
Do momento fantasia ainda habita
Saudade do que quis e não vieram
Voaram, só acredito em plena luz
Nos olhos que a lembrança reproduz
Saudades que carrego em minha vida
Do quanto não sabia e era feliz.
Paisagem na memória vai perdida,
De todos os meus sonhos, aprendiz,
Agora a vida passa, distraída,
Mostrando num relâmpago o que eu fiz.
Saudade do calor do braço amigo,
Num tempo em que existia uma esperança,
Distante do que trago aqui comigo,
A vida prometia uma festança,
Bebê-la novamente não consigo
Somente em cicatriz, doce lembrança.
Saudade de viver o que não tive,
Cadáver do que fui, que ainda vive...
SOGUEIRA
Marcos Loures