A Arte da Perversidade

Toda vez escarnece aquilo que outrem deseja.

E sei de sua conspurcação, mas não lhe maltrato,

Reconheço sua beleza, porém a não idolatro.

E pode dissimular enquanto orquestra a peleja.

É inútil. Já está evidente o seu tétrico teatro,

Pelo vitupério que no olhar sempre despeja.

Isso alardeia o diabólico ardil que tanto almeja,

Nesse seu coração macambúzio e bem atro.

Os atributos melífluos não rescindem o fel,

Desvendo sua ânsia de cuspir no meu mausoléu,

Num mesmo sorriso pulcro em que habita o mal.

As trevas lhe acompanham desde a tenra idade,

Deram-lhe a docência na arte da perversidade,

Levando-lhe a barganhar sua alma com Belial.

T S Sevla
Enviado por T S Sevla em 25/10/2020
Código do texto: T7096152
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