Infinda depressão - soneto
Escapada luz que tanto acompanhou meus passos
Por onde andas agora que preciso do teu clarear sutil.
Que preciso dela para alumiar estes ocasos tenebrosos
De ilusões e de uma abstrusa e infinda e fria depressão.
Onde andas a marcha? Aclarando portas que não as minhas.
Há ausência do teu cintilar fertilizam escabrosas e vazias.
Alucinações temperadas com os temperos das negritudes
Que são hoje o meu caminhar sem a bússola do fulgurar.
Nesta negridão caminho e tropeço em sentimentos disjuntos
E alheios aos sentimentos puros e eficazes que ainda habitam
Em minhas vontades atropeladas pelo desgaste frios e insuetos
Mas ainda desta forma as esperanças recrudescem em mim
Que não esmoreço e nem desanimo atrás de novamente
Ser alumiado pela luz bela e magnifica a esclarecer meus dias.