AME
AME
(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=22/out./2020)
Bateram à porta, ninguém respondeu!
minunciosamente, então, abriram;
quando ao quarto adentraram, viram,
sobre a cama, alguém que ali morreu.
Era um ancião, o patriarca,
que já não tinha da prole seu respeito,
vivia moribundo sobre um leito
omisso pelos filhos e a matriarca.
Eis que daí vem a realidade,
olhos marejam, a saudade aflora,
num misto de verdade e falsidade.
Quando o amor faltar durante a vida,
não adianta mais o que se chora,
porque a morte é a última partida.