Soneto
Eu tinha como brinquedo
O meu carrinho vulgar
Um verdadeiro bruxedo
Que tentava me encantar
Eu sempre acordava cedo
Pensando mesmo em brincar
Mas tendo com segredo
O carinho do meu lar
Na sombra da cajazeira
Eu brincava a tarde inteira
Soltando ali meu pião
Mas meu brinquedo fiel
Era a pipa de papel
Perdida na imensidão