O POETA E O SEU POEMA

Diz a nossa sabedoria popular, Helando,*

Que um poema escrito é como um filho

Que nos pertence apenas na vida quando

Ele está dentro de nós em pleno fervilho.

Saiu, passou a morar numa folha em branco,

adquiriu autonomia, não nos pertence mais.

Sob atento olhares pulula como saltimbanco

Em busca de reconhecimentos não só literais.

O poema nos representa na nossa ausência.

Submete-nos a um julgamento bem à revelia.

Que se aprovado, valeu a coragem e resiliência.

Aquisição de leitores é sinônimo de imortalidade,

Mesmo sem ser membro d’uma literária academia;

Pois uma boa leitura e análise conduz-nos a eternidade.

O FILHO DA POETISA

** Poeta e escritor Helando Marques de Souza

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 20/10/2020
Código do texto: T7092297
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