No céu
No fundo da alma e mente estar imersos
no espaço cúpido onde sou o amante,
no espaço terno e quente, ardor instante,
meandros onde as almas queimam versos.
Aonde vão os beijos no transverso
desejo ardente e oblíquo amor distante.
E onde os olhos teus dos meus diante
crepitam fogo expondo o nosso anverso:
a face anímica onde luz o amor;
o rosto da lisura e a chama fúlgida;
semblante claro como a luz do ser.
Distância, tempo e dor irá transpor
o néctar qu' há nas nossas rimas túrgidas,
qu' em nós presente vem o céu tecer...