No céu

No fundo da alma e mente estar imersos

no espaço cúpido onde sou o amante,

no espaço terno e quente, ardor instante,

meandros onde as almas queimam versos.

Aonde vão os beijos no transverso

desejo ardente e oblíquo amor distante.

E onde os olhos teus dos meus diante

crepitam fogo expondo o nosso anverso:

a face anímica onde luz o amor;

o rosto da lisura e a chama fúlgida;

semblante claro como a luz do ser.

Distância, tempo e dor irá transpor

o néctar qu' há nas nossas rimas túrgidas,

qu' em nós presente vem o céu tecer...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 18/10/2020
Reeditado em 20/10/2020
Código do texto: T7090175
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