Imersos
A noite dos cabelos teus ainda
escorre pelos ombros da memória
na imagem ígnea, a doce luz notória,
de negro brilho quando a tarde finda.
À noite a boca tua é bem-vinda
nos beijos que nos contam a história
da chama que se faz rubra e sensória
nos lábios d' onde a mesma é provinda.
Lembrança, tu estás nela comigo.
No céu, na Terra, ou qualquer lugar,
seremos sempre o fogo do universo.
E mesmo se a distância, um castigo,
separa agora os corpos: há de amar!
No fundo da alma e mente estar imersos...