SONETO DA LOUCURA.
Os teus olhos mostravam o que eu jamais poderia ver,
Sim… É os teus negros e brilhantes olhos a razão do meu enlouquecer,
Eu que te amo tanto,
Sem nunca saber o que é ser amor, poeta cego que me tornei.
Foi de um jeito que, sinceramente… Não, nem sei como te dizer,
Ainda que meus poemas gritem em cada verso meu,
Não sei o que fazer,
Os teus olhos mostravam sem eu perceber a minha própria prisão.
Todos me dizem que isso é loucura minha, que devo te esquecer,
Mas vai dizer isso para o meu teimoso e insistente coração,
Te amar é um risco que devo correr?
Sou este poeta devotado a sua beleza augusta,
Talvez em teus lábios eu descubra a cura para minha insanidade,
Entretanto, a cura também é o veneno que me leva a perdição deste proibido amor.