Pelas caladas ruas...
Pelas caladas ruas que a luz clareia,
Seguindo esses caminhos tristurosos...
Vão as almas com minh'alma que pranteia,
No silêncio dos ocasos suntuosos.
Nessas ruas desertas caminhando,
Lembranças do passado fui colhendo...
Meus dias merencórios vão passando
Vendo as horas lentas irem morrendo.
E nas noites o vento rumoreja
Teu cântico, ó vida tristurosa,
Nessas ruas ermas que a lua andeja...
Ai, quantos sonhares n'alma brotaste,
Como pétalas brancas d'uma rosa
Que nas noites de luar tu desfolhaste.