O homem descartável
Eu sou um troco vil do meu trabalho
deflacionado no mercado humano!
Uma mercadoria, um cão sem dono!
Quanto mais eu produzo, menos valho!
Sou uma carta fora do baralho,
que alguém deixou por pura displiscência,
um “ás de ouro” de proficiência,
que apodreceu e não caiu do galho.
De que me vale toda a inteligência
se a juventude já virou saudade,
ainda que o saber e decência,
na contramão, avance com a idade,
estes valores não são referência
para o futuro da humanidade.