POESIA
Carrego a poesia na sacola
Ela é quem, sempre, enfeita o papel
Dá caneta ela escorre feito mel
Depois que brota, linda, da cachola.
Ela não se aprende na escola,
Vem de berço como fosse lá do céu
Em sensação de fantasias, um carrossel,
A alegria da fome vendo a esmola.
A rima em seu destaque busca o teto
E casa o não saber com o alfabeto,
e, encobrindo falhas molda o verso.
Assim vão Poesia e poeta
Buscando retornar, à linha reta,
das curvas que derrapam no processo.
Josérobertopalácio