OS FANTASMAS DOS MEUS MEDOS
Ouvia o lamento do vento lá fora...
Seu zumbido adentrava portas e janelas
num rodopiar incansável, querendo entrar,
árvores tombando galhos no chão, a rastejar,
E haviam as palmeiras. Ah, as palmeiras
prateadas pela luz da lua com tanto esplendor!
Mas aquele brilho, empalidecia a noite... e o vento
não cessava seu cantar sinfônico, assustador!
Águas revoltas no mar, batendo nos rochedos,
no céu, estrelas longinquas, parecendo velas.
Eu jurava ouvir canto de sereias, feiticeiras...
Cenas que ficaram na memória, de outrora,
eu criança e os fantasmas dos meus medos
na escuridão da noite, quanto desalento!