DOIS AMANTES
Flor, lá no campo, mil e uma delas,
E o vento a balouçar o mar em cores...
Da varanda, distante, uma donzela
avista ao longe a estrada dos amores.
E ele à marcha lenta vem seguindo,
vem palmeando as curvas do caminho,
Parece navegar num sonho lindo
Voando como as aves para o ninho.
E era o amor com seus desejos
Em cada olhar que ao longe se fitavam.
E numa inveja louca eu simulava
Na solidão o gosto desses beijos.
E quando ao braço dela me encontrava,
E eu era o amor que ali chegava.
Serra 09/ 10/2020
Geraldo Altoé