TRILHA TORTA

Em volta desta flama quase morta,

tocada pelos ventos do queixume,

caíram as cortinas de negrume

depois que atravessaste aquela porta.

O coração resiste, não se assume

um derrotado e segue a trilha torta

das ilusões, por isso, é que se corta

na desinquietação, pungente gume.

Deslizam tantas fábulas no rio

aberto em cicatrizes e esvazio

os olhos carregados de plangor.

Insone, enfrento o jugo de um fadário

e ainda desconheço itinerário

diverso do que cumpre um sonhador.