Soneto da Entrega...
Se o meu jeito de amar não te comove
E teimas em viver teu próprio sonho,
Se indiferente à entrega que proponho,
Teu norte é sempre o sopro que te move...
Se não vês um motivo que me aprove,
Entendas o meu pobre olhar risonho;
A esperança no amor, humilde eu ponho,
Noventa e nove vezes, vezes nove...
E os motivos imensos da insistência
Desse amor que eu te sinto loucamente
Equivalem à força em que o renegas...
Se não queres amar-me, se assim pensas,
Meu amor vai viver sempre insistente,
Do alento confortante das entregas!