EUGÉNIO, O DECANO
– Da Poesia –
Está provado não ter limites a Poesia.
É como um largo e ilimitado Oceano –
Afirmou-o e cumpriu Eugénio, o Decano,
Colando-a à vida, na essência e na harmonia.
A Poesia não tem espaço, não tem idade,
Já qu´ ela é tão só sempre igual a si mesma
Quer em versos ou poemas, resma a resma,
Consoante a lira que a canta e a sua identidade.
Poetas há-os, sim, mas nem sempre o comprovam
Pelo seu testemunho e pela convicção,
Pois não s´ assumem na verdadeira condição
E a cada maremoto a si próprios se reprovam.
Este Eugénio Lisboa – o Decano das sete partidas –
Através de seus poemas, com fogachos de ironia,
Lançou para as calendas a melancolia
Gerando novas cores e ondas divertidas.
Para os poetas algemados em pouquidade –
Por esta ambiência de peste civilizacional
Que grassa neste mundo inseguro e desigual –
Fez-se oportuna luz de franca claridade!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA