RIO GRANDE, BERÇO AZUL
A minha Rio Grande é um céu e tamanho céu há nela
que é um céu sob outro céu límpido e brando
que divino sonho azul parece estar sonhando
sobre esse imenso mar, fantástica aquarela.
Que encanto natural o seu aspecto revela
junto ao canal! A igreja branca, o bando
de barcos que se vai, pouco a pouco, apagando
com o nevoeiro, perfil nostálgico das velas...
Com sua gente feliz, que brinca com caranguejos
nas areias onduladas, lembra uma ilha farta e linda,
cidade que sorrindo busca nas ondas um arpejo...
Essa terra que amo com todo amor, que me seduz,
que foi meu berço e de onde espero ainda
sete palmos de gleba e os dois braços de uma cruz!
Modificado de um poema piauiense,
autoria que desconheço.