ANCESTRAL

E sigo ao léu da vida, a ignota lei,

Descrendo das verdades que imagino,

E acreditando em tudo o que não sei.

[Bastos Tigre]

O vento vem soprando tristemente

A tarde no horizonte a fenecer,

As lâmpadas permanecem reluzentes

Luzindo nas esferas do meu ser.

O vento vai vertendo profundezas

Por tensos uivos vem me estremecer,

Jogada num abismo de incertezas,

--- Hostil viver a vida e não viver! ---

Vivendo neste mundo de aparência,

Persigo o sonho tolo sempre igual

Na frágil presunção de uma existência...

Humana, tosca, fútil e tão banal!

Delírio primitivo dessa essência,

Oculta nesse sopro sepulcral.

Alessa B
Enviado por Alessa B em 05/10/2020
Reeditado em 05/10/2020
Código do texto: T7080425
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