Vágil pêndulo

Dá-me um trago, inconsequente vida

De teu pérfido e ilusório planejar

Porque bem assim, convicção traída

Vive todo homem em teu embriagar

Trôpego transeunte em tua vereda

Descuidado vágil em teu caminhar

Prova incontrolável, mesmo que se exceda

A dor da peçonha que é te apreciar

Pendulando entre o sofrer e o torpor

Vai intercalando a alegria e a dor

No contínuo dessa sua trajetória

Riso e pranto têm os seus dados momentos

Enquanto recolhem-se os mui fragmentos

Em um labirinto de agonia e glória