ENGANO
Passei por ti na rua e não me viste;
andavas como quem anda sem prumo;
olhei-te de soslaio e estavas triste,
andavas como quem anda sem rumo...
fiquei parado olhando-te distante,
seguindo sob a copa do arvoredo
e vi muita tristeza em teu semblante;
de longe então chorei, mas em segredo...
e o tempo vai passando e a nós destina
levar em nossos ombros nossa sina
ficarmos no silêncio desses anos...
enquanto o tempo passa, vou aprendendo
que dói sentir saudades, vou sofrendo,
pensando que tu voltas, mas me engano....
Arão Filho
São Luís-MA, 03 de out. 2020.