SONETO DA SAUDADE
Tento reconstruir com o começo
Os risos,a sede, o silêncio involuntário
O passado tão distante,o avesso
O presente que me deixa tão solitário
A vida segue em frente mas não esqueço
Quando dizíamos que era necessário
Deixar a paixão com cara de recomeço
E fazer o amor constante e vário
Na memória desliza uma saudade
Que toma conta da realidade
Tornando tua ausência mais profunda
Dentro de mim ficou um vazio
Minha palavra é um balbucio
Numa vida triste e infecunda