A DOR DE UM POETA


         "Os versos que fiz, com muita alegria,
         Te peço jamais fazer releitura"!
         Nas rimas cantei, versei na euforia
         Do amor que sentia, a minha ventura...

         Porém, se perdeu aquela magia,
         O afeto sumiu, desfez-se a ternura;
         Aquele sentir, o brilho perdia!
         ... Enredo final - 'romance em rasura'.

         A dor que restou e trago no peito,
         Na chama do amor, delira ofegante,
         Perdido no ardor, distante, sem jeito!

         Do sonho fugaz, sensível e atroz,
         Somente ficou o brado vibrante;
         Na ode do amor - afônica voz!

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 01/10/2020
Reeditado em 21/02/2022
Código do texto: T7076986
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