A DOR DE UM POETA
"Os versos que fiz, com muita alegria,
Te peço jamais fazer releitura"!
Nas rimas cantei, versei na euforia
Do amor que sentia, a minha ventura...
Porém, se perdeu aquela magia,
O afeto sumiu, desfez-se a ternura;
Aquele sentir, o brilho perdia!
... Enredo final - 'romance em rasura'.
A dor que restou e trago no peito,
Na chama do amor, delira ofegante,
Perdido no ardor, distante, sem jeito!
Do sonho fugaz, sensível e atroz,
Somente ficou o brado vibrante;
Na ode do amor - afônica voz!