Dobras de papel
acaso peço eu que me bajules
com desenhos mil de origami?
teria eu alguma formosura
pra tentar-te sempre que me chames?
se me enganas com teus selos fáceis
que me animam a descerrar as portas
sabendo haver nada do outro lado...
nem ligo, se és tu a corda que enforca
a quem seduzes no encantamento
a teu encontro vá, siga correndo
que eu lucidamente, ora, aqui fico
por que iria eu referenciar-te?
não vais, destino, poupar-me do abate...
mas eu, enquanto penso, a ti resisto!