SURRENETO

SONETO SURREAL

Na tal lista herculana surreal

Cabe mais, podes crer, senão vejamos

A quietude contida em Albert Camus

A maquiavélica inocência Nicolau

Um Machado direto e informal

Ou Fernando Pessoa sem reclamos

A alegria da vida seca em Ramos

E um Drummond sem a pedra em seu bornal

Toda a paz do vermelho em Caravaggio

Grita Munch à alma o apanágio

Shakespeare perde a crença no amor

Mas o ápice do extremo surreal

É o retorno à forma original

Das dalílicas figuras-salvador

(Para a “Lista surreal” do Mestre Herculano Alencar)

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Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 26/09/2020
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