SURRENETO
SONETO SURREAL
Na tal lista herculana surreal
Cabe mais, podes crer, senão vejamos
A quietude contida em Albert Camus
A maquiavélica inocência Nicolau
Um Machado direto e informal
Ou Fernando Pessoa sem reclamos
A alegria da vida seca em Ramos
E um Drummond sem a pedra em seu bornal
Toda a paz do vermelho em Caravaggio
Grita Munch à alma o apanágio
Shakespeare perde a crença no amor
Mas o ápice do extremo surreal
É o retorno à forma original
Das dalílicas figuras-salvador
(Para a “Lista surreal” do Mestre Herculano Alencar)
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