ESTE SONETO É TEU...
Este soneto, minha doce amiga, é teu.
É teu porque o faço assim, de raro improviso,
a matutar se o que entre nós aconteceu,
estava escrito e acontecer era preciso!
Confesso. O pensamento não me é conciso.
Sobre fados conheces bem o principio meu,
e bem sabes que jamais, assim, fui indeciso
quanto aos destinos- Cada um que faz o seu!
Ah! Não me era dado o direito de encontrar-te.
Mas mesmo assim ousei ao longe procurar-te
e a vi, nas brumas, d!um passado que se finda!
Perdoe se medo te inspirei querida amiga.
Mas saiba que aquela paixão demente, antiga
se transformou, enfim, nesta amizade infinda!
23.10.2007 ( 23,00 hs)
Midi: Rapsódia (Rachimaninov)