Luz
Sonhes, meu anjo, mesmo bem leve
Estas no palco e portanto já és visto
Que sejas astuto ante aos imprevistos
Pois a sina é ímpia se tu não te atreves.
Dentre conversas tão longas ou breves
Farás as honras dos assuntos mistos
Mas não enraives tu por conta disto
Pois até em silêncio alguém te descreve.
Sonhes, meu anjo, sem culpa nenhuma
A vinda deles já é um velho costume
Não por falta de luz, todos tem uma.
Brilha, até onde és só uma faísca bem fina
Solta a esmo entre feixes e ilhas de lume
Dispersos no ar e fechar das cortinas.