A SANTA DO MORRO DA LUA***
Na simples casinha branca
No alto do morro da lua
Morava junto da santa
O mais bêbado da rua.
Sofrendo, a santa, chorosa
Toda hora o terço rezava,
Via-sacra dolorosa
Que esta Vida lhe pregava.
O mais bêbado da rua
Morro abaixo, morro acima
Com a cachaça na mão.
E a santa: Orando pr´a lua
Tinha nos olhos mais rima
Que um soneto à perfeição...
(Alexandre Tambelli, São Paulo, 22 de setembro de 2007 - 20:34h).
*** Série fantasias urbanas
A criatividade, o inesperado, a diversidade também alimentam o poeta e o poema! Este é o 1º soneto de uma série de sonetos que procurarei colocar um pouco de fantasia, em fatos possíveis, do cotidiano da vida urbana! Espero poder agradar! Um abraço amigas e amigos leitores, com carinho, Alexandre!