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A INDIFERENÇA [882]
Quem com dramas alheios não se importa,
e a julgar-se no mundo ser alguém,
mais faz jus dos humanos ao desdém,
pois tem alma no corpo, mas é morta.
Nunca sejas omisso, e nem convém!...
Faz teu lume acender, além da porta,
então teus verdes plantes noutra horta,
lá onde os sonhos brotem como um bem.
Desta vida, as desgraças mais humanas
me comovem e enervam, fundamente,
mas tu – indiferença – não me empanas.
Já me poupem ficar indiferente:
da cauda de um problema às barbatanas,
dele seguro às crinas pela frente.
Fort., 22/09/2020.
A INDIFERENÇA [882]
Quem com dramas alheios não se importa,
e a julgar-se no mundo ser alguém,
mais faz jus dos humanos ao desdém,
pois tem alma no corpo, mas é morta.
Nunca sejas omisso, e nem convém!...
Faz teu lume acender, além da porta,
então teus verdes plantes noutra horta,
lá onde os sonhos brotem como um bem.
Desta vida, as desgraças mais humanas
me comovem e enervam, fundamente,
mas tu – indiferença – não me empanas.
Já me poupem ficar indiferente:
da cauda de um problema às barbatanas,
dele seguro às crinas pela frente.
Fort., 22/09/2020.