SONETO LOUCO (Mais um!)

SONETO LOUCO (Mais um!)

Nasceu este soneto no meu papel

Breve, leve, tenaz, bagunceiro

Roubou-me a paz jogando-a ao léu

E louco me pôs o dia inteiro!

Pensei ser um verso passageiro

Mas de tudo ele fez um escarcéu:

Pintou-se roubando do tinteiro

O azul que eu pintaria o meu céu!

Ele cresceu, mas sequer tomou jeito

Por conta própria hoje vive aqui

Num livro o qual o chama de seu leito

Vez ou outra busco-o -sempre a sorrir-

Falo: onde estás filho, verso imperfeito?

Também sorrindo ele diz:”Estou aqui!”

Francisco Monteiro
Enviado por Francisco Monteiro em 23/10/2007
Código do texto: T706860
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