"Sero te amavi..."

"Sero te amavi, pulchritudo tam antiqua et tam nova, sero te amavi!

Et ecce intus eras et ego foris et ibi te quaerebam et in ista formosa,

quae fecisti, deformis irruebam. Mecum eras, et tecum non eram.

Ea me tenebant longe a te, quae si in te non essent, non essent."

Sanctus Augustinus - Confessiones

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Nos tempos mais antigos e inditosos,

Vislumbro sob a face da tristeza

Os meus caminhos menos proveitosos

Que pairam desde o abismo à Profundeza.

Intensos vendavais, dos tenebrosos,

Ofuscam a vivência, de surpresa,

Trazendo os tristes cantos lamentosos

Que ecoam frias vozes de incerteza...

Enquanto escrevo um verso já perdido,

Afogo o meu passado sem sentido

Nas ondas amorosas deste altar...

Saúdo a imensidão que me rodeia!

Buscando, enfim, a generosa ceia,

Contemplo o Redentor a me salvar.

Gabriel Zanon Garcia e Ana Beatriz Cardoso
Enviado por Gabriel Zanon Garcia em 21/09/2020
Reeditado em 26/09/2022
Código do texto: T7068432
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