A Vendedora de Néctar
(Interação ao poema PÉTALA, do poeta
Ricardo Camacho)
Um leve sopro e salta em curta queda,
Vai ao encontro das anteriores.
Enquanto cai exala seus olores,
Que perfumarão o chão que a hospeda.
Antes estava na corola, queda,
Quieta, por função de seus labores,
De, às abelhas comprar seus favores,
Usando o néctar como moeda.
Por ser tão frágil, sua vida é breve,
Mas, importante é a sua existência:
O seu perfume faz a vida leve.
Não é apenas gesto de nobreza,
Fazer o pólen ir aonde deve,
É ato vital para a natureza.
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E agora tenho o prazer de mostrar, a interação que me fez o gentil amigo e poeta Leandro Severo:
VALOR DE UMA FLOR
Fragilidade física existente,
Contém a flor em sua pequenez.
Mas o poeta viu, mais de uma vez,
Vitalidade lírica presente.
Onde o artista, seja em letra ou tela,
Inspiração busca em tal objeto,
Abstrair, de modo tão concreto,
A essência dessa flora fina e bela.
Comparativamente, o beija-flor,
Ou como abelha, assim é o escritor,
Que nas palavras, ainda está a voar.
E num soneto, o verso vira pétala,
Em poesia, o enredo vende néctar,
Onde o leitor pode se saciar.
Leandro Severo