A Vendedora de Néctar

(Interação ao poema PÉTALA, do poeta

Ricardo Camacho)

Um leve sopro e salta em curta queda,

Vai ao encontro das anteriores.

Enquanto cai exala seus olores,

Que perfumarão o chão que a hospeda.

Antes estava na corola, queda,

Quieta, por função de seus labores,

De, às abelhas comprar seus favores,

Usando o néctar como moeda.

Por ser tão frágil, sua vida é breve,

Mas, importante é a sua existência:

O seu perfume faz a vida leve.

Não é apenas gesto de nobreza,

Fazer o pólen ir aonde deve,

É ato vital para a natureza.

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E agora tenho o prazer de mostrar, a interação que me fez o gentil amigo e poeta Leandro Severo:

VALOR DE UMA FLOR

Fragilidade física existente,

Contém a flor em sua pequenez.

Mas o poeta viu, mais de uma vez,

Vitalidade lírica presente.

Onde o artista, seja em letra ou tela,

Inspiração busca em tal objeto,

Abstrair, de modo tão concreto,

A essência dessa flora fina e bela.

Comparativamente, o beija-flor,

Ou como abelha, assim é o escritor,

Que nas palavras, ainda está a voar.

E num soneto, o verso vira pétala,

Em poesia, o enredo vende néctar,

Onde o leitor pode se saciar.

Leandro Severo

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 18/09/2020
Reeditado em 21/09/2020
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