AO MAR...
Não sou sombrio como o mar...
Que de si atira o mau a praia...
Que se deleita do sol a lua...
Igualmente de forma fria.
Que se faz profundo ao calar...
E de si o silêncio espraia...
Sem demonstrar lacunas...
Nas noites, e nos dias.
Mas admiro a sua destreza...
De sorrir em ondas tristezas...
Beijando a areia macia.
Ou sua força e certeza...
Ao quebrar com frieza...
Nas rochas da vida.