A FLECHA DE EROS
(Interação ao poema A FLECHA, do poeta
Ricardo Camacho)
Flecha de Eros já vem com curare,
O mortal veneno que não perdoa.
Todos o querem por mais que lhes doa,
Mesmo sofrendo ninguém quer que pare.
É como uma droga o modo que age.
Ora é veludo e te deixa na boa,
Ora é lixa, que fere e magoa.
Mesmo sangrando não queres que sare.
Uma vez chega, esse tal sentimento
Cria raízes em teu corpo e na alma,
Não haverá mais paz, só dor e trauma.
Mesmo ainda que ameace explodir,
O coração resiste ao sofrimento,
Crendo num dia feliz que há de vir.
Ricardo Camacho)
Flecha de Eros já vem com curare,
O mortal veneno que não perdoa.
Todos o querem por mais que lhes doa,
Mesmo sofrendo ninguém quer que pare.
É como uma droga o modo que age.
Ora é veludo e te deixa na boa,
Ora é lixa, que fere e magoa.
Mesmo sangrando não queres que sare.
Uma vez chega, esse tal sentimento
Cria raízes em teu corpo e na alma,
Não haverá mais paz, só dor e trauma.
Mesmo ainda que ameace explodir,
O coração resiste ao sofrimento,
Crendo num dia feliz que há de vir.