FLOR DE LIS
Por uma destas surpresas da sorte,
Que acontecem a todos e a tudo,
Aquela flor, que por seu conteúdo,
Era pureza, e beleza o seu forte,
Agora é Flor de lis, a flor da morte.
Mão assassina e voz de veludo,
Com falsas lágrimas não me iludo,
Foi sibarita com sua coorte.
Ela será, um dia condenada,
E condenados serão seus iguais,
Quando a justiça girar seus anais.
No entanto, a flor será injustiçada,
Jamais terá imagem de pureza,
E a beleza só, não vale nada.