FLOR DE LIS

Por uma destas surpresas da sorte,

Que acontecem a todos e a tudo,

Aquela flor, que por seu conteúdo,

Era pureza, e beleza o seu forte,

Agora é Flor de lis, a flor da morte.

Mão assassina e voz de veludo,

Com falsas lágrimas não me iludo,

Foi sibarita com sua coorte.

Ela será, um dia condenada,

E condenados serão seus iguais,

Quando a justiça girar seus anais.

No entanto, a flor será injustiçada,

Jamais terá imagem de pureza,

E a beleza só, não vale nada.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 10/09/2020
Código do texto: T7059679
Classificação de conteúdo: seguro