ARREPENDIDO
-Ora, (disseste um dia) não me vês?
Ouvi, mas nem sequer te respondi.
Tão linda e apaixonada, e eu descortês...
No meu orgulho tolo eu me escondi.
Agora arrependido e já sem vez,
A implorar o teu amor eu venho aqui.
Quem sabe? Eu acredito num talvez,
No fundo mesmo eu nunca desisti.
Sabes; eu já não durmo desde que
Meus olhos não quiseram se render,
A todos teus encantos de mulher.
-Não se humilhe assim, mesmo por que...
A gente sempre tem o que aprender,
E o coração não dita o que não quer.
Grato, belíssima interação:
TOLICE
És um tolo, realmente, o que fizeste,
desdenhaste desse amor, tão belo e puro?
De arrependido, agora, tu te revestes,
das palavras depende o teu futuro.
Fala, pois, o que tens no coração:
felicidades te desejo, meu irmão.
(HLuna)