Céu de Agosto
Edir Pina de Barros
Nos céus de Mato Grosso, em pleno Agosto,
o sol se põe tristonho, avermelhado,
a lamentar a sorte, o malfadado
destino do cerrado, ao fogo exposto;
as aves cantam tristes, por desgosto,
ao ver os filhos sobre o chão crestado
e o fogo a se espalhar por todo lado,
a destruir mais vidas, por suposto.
No plúmbeo céu de tarde esfumaçada,
o sol se põe em dor, chorando sangue,
ao ver tanta beleza amortalhada.
E a noite cai tristonha na chapada
ao ver a natureza, mais que exangue,
morrendo sob o fogo da queimada.
Livro: Poesia das Águas, 2.016, p. 68
Edir Pina de Barros
Nos céus de Mato Grosso, em pleno Agosto,
o sol se põe tristonho, avermelhado,
a lamentar a sorte, o malfadado
destino do cerrado, ao fogo exposto;
as aves cantam tristes, por desgosto,
ao ver os filhos sobre o chão crestado
e o fogo a se espalhar por todo lado,
a destruir mais vidas, por suposto.
No plúmbeo céu de tarde esfumaçada,
o sol se põe em dor, chorando sangue,
ao ver tanta beleza amortalhada.
E a noite cai tristonha na chapada
ao ver a natureza, mais que exangue,
morrendo sob o fogo da queimada.
Livro: Poesia das Águas, 2.016, p. 68