DOR INFINDA

Já no sumido aquele afeto profundo

Só eu, ó pieguice, só eu me lembro

Das noites e dias secos de setembro

Maçadas, e o meu amor moribundo

Desde esse dia, eu ermo no mundo

Atado a solidão e sem deslembro

De ti, e do falto um azedo membro

Não houve fôlego por um segundo

Quando, ainda cria... - hoje perdido

E lastimando no leito a desventura

Tenho a sensação de já ter morrido

Ah! saudade, que a vasca mistura

No peito, e ao aperto tão sofrido...

Dor infinda... e cheia de amargura!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Setembro, 06/2020, 05’46” – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/FmFj_LhXRZo

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 06/09/2020
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