O Consolo da Arte
À mente reflexiva, amiúde, no peito
cravam-se espinhos, dores existenciais...
Contra esses males da alma que ama não têm jeito,
senão a poesia e a música, artes divinais!
Nesse manancial o espírito é refeito,
vê-se livre do jugo das coisas banais...
A Arte transcende o mundo, alumia o conceito,
revela a essência humana e não morre jamais!
Busco, aprendendo, ter nas mãos essa beleza,
que é infinita e flui por toda a natureza...
Nela, músico e poeta, o passarinho canta!
Oh, bálsamo que livra o homem da desrazão!
Por ti os dias de infindo esplendor advirão,
dando à humanidade teu fulgor que a encanta.