Tempo de mudanças...



Sem fingir que não estou com medo, mudar me assombra
Amei e fui amada, recebi e dei-lhe afeto, mas me amedronta
Sem queixumes, ao pôr do sol, sublimes gestos de ternuras
Como as abelhas que adentram nas flores cheias de candura.

Ao visitar-te, escolho as dálias, são as tuas preferidas flores
Acaricio teu paladar com iguarias deliciosamente multicores
Sinto teu cheiro e o calor dos teus abraços ternos e delicados
Nas caminhadas eu feri meus pés, mas agora estão sarados.

Vamos caminhar sozinhas, iluminando como os vagalumes
Se houver lágrimas, que sejam de amor pelos vislumbres...
Cristalizando nossos belos encantos ocultos e fosforescentes.

De um porvir merecido, mesmo que estejamos envelhecidos
Divina essência primaveril, aprimora-nos mais rejuvenescidos
Enfrentando os novos desafios nas mudanças evanescentes...








Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google