Soneto da Mentira
Quem diria que novamente você a mim mentiria...
Mas isso já era de se esperar, porém eu só não sabia
Que seria capaz de jogar fora toda a nossa história
Para deleitar-se com outro, tuas palavras são ilusórias.
Não sou idiota em acreditar nas tuas mentiras
Vou me abandonar pela vida e buscar minh'alegria
Deixei-te sofrendo com a consequência que te punia
Me livrei de amargurar a vida com palavras vazias.
Quem diria? Voltaste com as mesmas mentiras, não aprende
Não conseguiu enganar outro, rastejou-se até aqui para quê?
Quem vive de mentiras não suportará nunca o peso da verdade.
Coitado de quem acreditou, mas, confesso, não me surpreende
Tão bela, mas tão suja por dentro, você é um antagônico ser
Que melancolicamente padeceu pela própria infidelidade.