ETERNA ARTISTA DO PORVIR
Olho o chão do meu Momento
E vejo brotar o tempo
Na tragédia da moléstia
Poetar é meu unguento
Vicejo a Saudade eterna
Daquilo que não conheço
E abandono a tristeza
Na alameda do desterro
Meu nome diz: "Cheia de saúde"
e assisto urdirem os gritos
Por onde caminho e pelejo
A crítica medíocre que é tecida
Contra mim, só me ativa e exalta
Como uma eterna artista do porvir.