DUETANDO
PATOLOGIA?
Sem causa, seu Doutor, surge assim
um desejo de estar junto ao soneto;
d'onde surge e como vem tal ímpeto?
Só sei que é comum essa coisa em mim!
E o desejo parece nunca ter fim,
é algo dentro de mim tipo secreto;
se manifesta de modo imodesto
e me inebria como me faz o gim.
Chega mexendo com meu sentimento
me inflama o gosto bom de um tormento;
Vem de nascença, será patologia?
Minh'alma chama essa coisa de fineza.
Seu Doutor, se for doença, que beleza!
Tratada não farei mais poesia.
Josérobertopalácio
O MISTER DO MESTER OU DO MESTRE.
No teu mister de versos és um mester
no ofício de versar é um opífice,
mestre em fazer versos, um artífice
na fluidez gasosa de um éster.
Um papa do soneto, um pontífice,
ao reunir em todo seu mister
toda sua poesia faz arder,
um ourives do verso, um aurífice.
Assim este meu mestre contribui
e toda minha verve ele influ,
para fazer aquilo que prometo.
A poesia que ele me ensina.
toma todo meu ser e determina
como posso fazer mais um soneto.
Ao meu sonetista mor,
Palácio, do seu amigo:
Fernando Cunha Lima