SONETO PAGÃO

SONETO PAGÃO

Eu na vida sempre fui um desvairado

Meus amores sempre os tratava com desdém

Nunca rezo e, se rezo nunca digo amém

Preguiça é mesmo o meu maior pecado.

Andamos de mãos dadas –ou lado a lado-

Eu, a minha insanidade e também

A preguiça que não me larga nem por cem

O padre não quer me ver nem pintado!

Sem nada por fazer eu ontem fui à missa

Me divirto ao ouvir o culto em latim

Leitores, isso é coisa que não se desperdiça!

Vendo-me entrar ele ao certo pensou assim

“Lá vem aquele louco, aquela “imundiça””

(Tomara que um de vocês reze por mim!)

Francisco Monteiro
Enviado por Francisco Monteiro em 22/10/2007
Código do texto: T705239
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