CARÊNCIA
Na noite longa, insípida e escura
Eu saio pelas ruas a lhe procurar.
Estou solitário, carente de loucura,
De sua loucura de ser e de amar.
A insensatez conseguiu nos separar
Fazendo de nossas vidas uma tortura.
Eu sei que também vive amargura,
Que também chora e pensa voltar.
Talvez um dia... Quem sabe...
A nossa grande mágoa acabe
Fazendo prevalecer o bom senso.
Tudo que há em mim é extenso.
Até o meu amor por ti é imenso
Que às vezes meu coração não cabe.