DE AFLIÇÕES

De aflições, a vida nos cumula,

A provocar intensa inquietude;

Se me atormenta aquilo que não pude

Realizar o sonho que me azula

Dias nublados, desses que, amiúde,

Sem que se saiba, ao certo, como mude

Essa tristeza, incômoda e rude,

Tingem de cinza a tudo que se alude

E vê-se, então, no dia que amanhece,

O manto escuro da melancolia

Turvar a luz do sol, sem que se possa

Tomar nas mãos a placidez só nossa

E contemplar o céu com alegria,

Agradecendo o dom da vida, em prece.

Bom dia, amigos.

Ótima semana, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Jacó, pela excelente interação.

Ter nascido um leonino,

Fez-me depender do Sol.

Ver nuvens em caracol,

Tem o gosto de quinino...

(Jacó Filho)

Obrigado, Helena, pela belíssima interação.

De aflições há muito ando perdida,

os dias são nublados, e a noite muito escura.

Eu não sei o que fazer da minha vida:

é doença para a qual não vejo cura.

(HLuna)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 31/08/2020
Reeditado em 31/08/2020
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