O dia do festival
“I view the crowd, whom youth and health inspire,
Hear the loud laugh, and catch the sportive lay,
Then sigh and think – I too could laugh and play
And gaily sport it on the muse’s lyre,
Ere tyrant Pain had chas’d away delight,
Ere the wild pulse throbb’d anguish thro’ the night!”
(COLERIDGE)
Não tendo nada a fazer por todo o dia,
E estando horrivelmente entediado,
Lembrei-me que a um festival fui convidado –
De última hora, resolvi-me que iria.
Até onde a vista enxergar conseguia
Por flores, flâmulas mais de mil fui saudado.
Pessoas iam e vinham por todo lado –
Fossem velhos ou moços, riam de alegria.
E assim vendo as multidões a gargalhar,
Em seu incansável vaivém a seguir,
É inevitável eu vir a me lembrar
Dos tempos em que eu próprio sabia sorrir;
Antes que meu riso viessem-me a roubar,
As esperanças viessem-me a destruir!