A Mervyn Peake
Feito um castelo colossal e majestoso
(Talvez igual àquele por ti inventado)
É o templo de teu Intelecto, assentado
No interior de teu cérebro genioso.
Um labirinto em ruínas, tortuoso,
Guarda-o para que não seja profanado
Por aquele que não estiver preparado
A imergir em tal mistério maravilhoso.
Por isso ninguém é capaz de decifrar
O lírico hermetismo de tua canção,
Que Lissa vem em teus ouvidos sussurrar;
E para sempre envolto em escuridão
Estará teu castelo de nós a zombar,
Em eterno deboche de tal pretensão.