SANTA AURORA

Diáfanos suores, resplendentes,

desenham nos vergéis adormecidos

colares multiformes e pingentes,

espelhos da amplidão recém-nascidos.

Vassalos das pinturas imponentes,

olhares não reprimem alaridos,

acordam os sorrisos e, entrementes,

entrega-se um banquete aos meus sentidos.

Nos espetaculares lacrimejos

o manto azul celeste prolifera...

Explodem sóis na relva, a rosa chora...

Não é tristura o pranto, esses cortejos

celebram simplesmente o fim da espera

por mais um novo dia, a santa aurora.